segunda-feira, 25 de maio de 2015

Rescaldo Enduro da Lousã 2015


Mais um grande fim de semana se passou na magnifica serra da Lousã.
Pelo segundo ano, voltei á Lousã para curtir este Enduro que é uma referência em termos nacionais, não só pela beleza do local, mas também porque se nota que esta organização aprendeu um pouco com o enduro das motos, e desta forma faz percursos muito elaborados, bem marcados, boas cronometragens e tudo, com uma naturalidade e simplicidade que parece que fazem provas de enduro há 25 anos.
  Sábado saí de Leiria pelas 8:15h e cheguei á Lousã ainda não eram 9:30h, tratei de tirar a bike do carro nas calmas, preparar tudo, secretariado (rápido) e apanhar o transporte para o local de partida da prova a cerca de 1000m de altitude, chamado St. António da Neve. Neste dia estava programado o reconhecimento do percurso pelo que o objetivo era o de fazer algumas filmagens em trilhos mais técnicos, conhecer o percurso, saber o tempo que faço entre especiais (se é apertado ou não), curtir e não me cansar muito. Acho que das coisas que enumerei anteriormente apenas consegui curtir, primeiro porque a câmara de filmar resolveu não ligar, depois não me lembrei de ver o tempo entre especiais e por ultimo, "piquei-me" com a atleta Maaris Maier e desta forma não deu para conhecer muito bem o percurso! :)
  Neste reconhecimento há destacar a queda que dei na PEC 5, passo a descrever os meus pensamentos: "acho que me estou a esticar um pouco no andamento, cair aqui deve ser f...d..do" e ao mesmo tempo que me distraio com este tipo de pensamento a roda da frente sai ligeiramente do trilho, pelo que eu, meio indignado, meio surpreso nada faço para a tirar deste estado de inercia...resultado, uma valente queda, consequências, o unico sitio do corpo que não estava protegido foi o mais afetado (normal), que era os cotovelos, o mais engraçado é que andei a semana anterior á procura de umas cotoveleiras e por 5eur não fiz negócio...parece que foi castigo!
  No Domingo, tinha encontro marcado com o meu suiver Simão Pereira ás 8:30 em Pombal, após uma noite de insónias por causa das feridas, do nervoso miudinho e do calor, sai pontualmente de Leiria ás 8:00h e passado 20m já estava em Pombal a comprar um desodorizante nas bombas da Repsol, porque me esqueci de pôr em casa e estava a atormentar-me a ideia de ninguém se querer chegar a mim nas PEC, não pelo andamento, mas sim pelo mau cheiro. Após um cafézinho com o Simão lá fomos pa St. Ant. da Neve. Eu partia ás 10:33, chegámos por volta das 9:45h e deu tempo para tudo, para dar uma ligeira introdução ao Simão sobre o enduro, ver as vistas, partidas dos outros atletas e preparar tudo para a minha partida.
   Todas as PEC me correram bem, sem quedas ou sustos (peço desculpa a um pinheiro ao qual arranquei a casca com o guiador), Sabia que na PEC 1 ainda não estaria quente, logo tinha de estar muito concentrado para não "adormecer" ou cair, na PEC 2, como era muito técnica, não podia ir com faca nos dentes e ultrapassar á parva ou largar demasiado os travões, a PEC 3 não conhecia (não fiz no reconhecimento para gerir esforço), por isso tinha de ir com calma (para não cair), na PEC 4 era deixar andar, porque de seguida vinha a temida PEC 5, e quem conhece sabe do que falo, literalmente tínhamos de andar pendurados nos travões, 2km pareciam 5, muita inclinação, saltos, regos, ganchos, etc.
  Em termos de classificação fiz 27º lugar da geral, 23º expert. Fui muito constante em toda a prova andando quase sempre no top 30, o que me deixa contente, pois sei que arriscando mais e melhor reconhecimento consigo evoluir. O meu Objetivo como se pode ver no separador Treinos, era o de ficar no Top 50, logo foi claramente atingido e faz-me já sonhar com o Top 15 pro ano...por mim era já amanhã! :)
 Obrigado Simão, Liliana e carissimos leitores! :)



quinta-feira, 14 de maio de 2015

Reflexão

https://www.youtube.com/watch?v=S5L7WmY709U

O que mudou em 20 anos??
Várias são as vezes que me interrogo sobre o que me faz pedalar há mais de 20 anos, com altos e baixos, mais ou menos vontade, mas sempre com a sensação que seria muito difícil viver sem isto.
  Uma coisa é certa, quem chega a este "mundo", pela via do consumismo, do ter o melhor material que o outro, mais caro, mais moderno, alternativo, normalmente não fica muito tempo...porque isto dê as voltas que der vai ser sempre: Um Homem, uma máquina e a natureza, o resto são pormenores que apimentam este insano gosto.
  Andar de mota, que muito gosto, tem muito em comum com o andar de bicicleta, mas penso que o que torna as bikes unicas é a sua simplicidade, subtileza, necessidade de esforço, etc, que quando metidos na formula do sofrimento/ prazer, fazem-me esquecer as motas. Como diria o amigo João Nunes, na bike conseguimos apreciar a natureza na velocidade certa, para conseguirmos captar a essência dos lugares por onde passamos.
  Todos temos as nossas formas de notarmos que estamos felizes a fazer algo, quando me virem na bike a assobiar ou a cantar...é porque estou nas nuvens e muitas são as vezes que não sei onde me meter quando reparo que não estou sozinho e alguém está perplexo a olhar para um tenor ciclista! :)