terça-feira, 31 de maio de 2011

À conquista da Lousã...

Pois é, há 15 dias que não actualizava o meu cantinho. Cumprir com o planeamento dos treinos não tem sido fácil, mas por alguma coisa sou o meu próprio treinador e tento sempre ajustar o calendário de maneira a que a performance não saía prejudicada. A semana passada enfrentei um grande desafio, proposto pelo Rui Dias da Loja Palco da Aventura, esse desafio consistia em fazer com a ajuda do GPS o primeiro dia do Geo-raid da Lousã no ano de 2009. Esperavam-nos 100km com cerca de 4000m de acumulado, coisa que eu nunca tinha feito e que estava receoso, pois um fator importante nestas coisas é a logística, nada pode falhar sob pena de o empeno ser ainda maior!
Eram cerca das 9 da manhã quando começámos a pedalar, passados 90`ainda continuávamos a subir e com cerca de 10km feitos...média de velocidade brutal de cerca de 7km/h. Impressionantemente não dávamos pelo tempo passar pois a beleza das paisagens era deslumbrante...ao nível (penso eu) de certas estâncias turísticas na Europa, bem mais longínquas e caras. O Rui diz que viu um veado, sorte a dele, mas a tranquilidade e "ruralidade" da zona, fazem-me acreditar que é possível. Beleza impar foram também as piscinas e praias fluviais em que passámos, com toda uma vegetação e frescura envolvente que por momentos nos faziam esquecer o calor das duras subidas que já tinhamos passado e que ainda tinhamos de passar. Cerca de kilómetro 50 tivemos um daqueles erros que quase pagámos caro, decidimos não parar num café de uma das Aldeias de Xisto, tão caracteristicas nesta zona. Esta paragem tinha como objetivo comer qualquer coisa que não barras ou gel, pois eram cerca das 2 da tarde e deste as 6.30 da manhã que não metia ao bucho nada de substâncial. Decidimos que iamos parar num café 10km mais á frente, azar dos azares esse café estava fechado e nós não conheciamos mais nada na zona, felizmente o camarada Francisco perguntou a um nativo que parecia falar "meio" Inglês (não sei se é típico da zona?) por um café, e lá nos desenrascámos com uma sande de queijo (curado com cerca de 1cm de altura) e presunto (fatias de 0,5 cm) e ganhámos força para cerca de 40km e 2000m de acumulado. Com muito sofrimento e discos desapertados á mistura lá chegámos á ultima descida do dia, eram 12km a descer com inclinação média de cerca de 6%, sempre a uma velocidade bastante alta. Nesta descida cheguei a pensar que gostava mais de subir que descer, tal eram as dores já trazia nas mãos e pés (pontos de contato continuo com a bike), outro pensamento que me passou foi de não me apetecer acabar de subir (já me tinha acontecido em Estremoz), pois o corpo habitua-se de tal modo a ir na mesma posição e nivel de esforço que mais vale continuar a subir para depois ser só descer, tipo, deixa-me sofrer tudo agora para depois ser só curtir!!
Deu também para verificar neste passeio que a Lousã deve ser a capital do Dowmhill, tal era o numero de carrinhas carregadas de bicicletas que vimos a subir a serra, gostei! (pensava que quem reinava na Lousã eram as motos de enduro mas enganei-me)....Regresso a Leiria passadas 9 horas a pedalar e com um novo Bronze à pedreiro. Sentimento de vitória pessoal e certeza de nunca mais esquecer este dia...é por isto que gosto de pedalar!!

sábado, 14 de maio de 2011

Pedais e treinos...

Olá companheiros, em relação aos treinos da semana que está a acabar, posso dizer que tem quase tudo corrido tal como está planeado no plano de treino. O treino de Quinta, que se previa bastante duro em termos de intensidade acabou por ser reduzido para metade devido a uma "azelhisse" minha, pus-me a pedalar á bruta e de pé numa subida ingreme, eis quando senão a roda traseira da Psiclete* perde a aderência e bato com o inicio do músculo vasto interno (junto ao joelho) no avanço da bike, podem calcular a dor e a juntar a isto um furo na roda traseira, foram os motivos que me fizeram abandonar a pista. De momento já estou fino, graças a um spray que não me lembro agora o nome mas que foi milagroso. Ontem fiz recuperação e hoje descanso total, amanhã irei fazer os 50Km do passeio Nascente do Liz, que serão bem técnicos e íngremes e segunda-feira será a vez de um treino mais longo mas sem tanta intensidade.
 Gostaria aqui de falar de um tema tão importante para todos nós que são os pedais, na semana que passou senti necessidade de adquirir novos pedais, pois os meus antigos para além do mau desempenho que sempre tiveram, agora griparam os rolamentos. Dos pedais que já tive vou hierarquizá-los do melhor para o pior:
1- Time atac alium, 400 e tal gramas de muita eficiência a encaixar/desencaixar e muita fiabilidade, cerca de 15 000Km
2- BBB SPD, Ritchey e Wellgo, não sei os modelos, mas têm sistema spd e são muito parecidos, os primeiros são os pedais que estão instalados na bike de estrada e que duram e duram, mais de 10 000 Km e uma boa eficiência.
3- Crank Brothers eggbeater C, bom encaixe e mau desencaixe (necessária muita torsão do pé), bom peso, mas muitos sustos ao tentar desencaixar.
4- Look Quartz, bom peso e preço, mas só consegui fazer com eles cerca de 2000Km, pois no inverno são muito escorregadios, ao tentar encaixar facilmente o pé escorrega para o lado e bate-se com a perna no pedal, devido ao peso nota-se a falta de rigidez.
5- Xpedo m-force, 230gr de muito mau encaixe, os piores que já tive, é uma vitória pessoal conseguir encaixar, com cerca de 1000Km os rolamentos já deram de si e pronto...finalmente os vou abandonar!!

A escolha dos meus novos pedais só poderia recair sobre os Time, serão os Atac Xs, um pouco pesados mas com a garantia de não vou ter problemas, depois deixo um review.
* Psiclete - Palavra mais usada pelo povo para se referir a uma veiculo de duas rodas sem motor, chego a pensar que as pessoas como sabem que há muita gente apanhadinha pelas bikes, juntam a palavra psicóse, com a palavra biciclete e dá origem á palavra Psiclete!?

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mesociclo de Treino

Boas, com vista á minha melhor preparação para a prova da taça de XCM em Manteigas no dia 12Jun2011, estive a elaborar um mesociclo de treino. Procurei que houvesse progresão nas cargas e uma certa especificidade, com cerca de 2 treinos por semana de BTT (1 deles em circuito de XCO) para apurar a técnica. Como o tempo para treinar de segunda a sexta não é muito, irei apenas fazer um treino de volume e ao fim de semana outro. Vou fazer também dois treinos de intensidade por semana, um de séries curtas e outro de séries mais longas. O de séries longas visa trabalhar a capacidade do corpo se habituar a lidar com a produção/escoamento do acido lactico como acontece nas subidas mais longas e o treino de séries curtas visa aproximar mais o Limiar Anaeróbio da pulsação máxima, para assim o corpo conseguir andar mais tempo a altas pulsações sem produzir tanto ácido lactico.
As zonas de trabalho correspondem: Z1-até 65% da fcm; Z2- 75/85% da fcm; Z3-85/90% da fcm; Z4-90/95% da fcm e Z5- 95/98% da fcm.
Vou tentar relatar diariamente as sensações dos treinos e aceitam-se sugestões/opiniões para melhorar este plano de treino...Hugs

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pedalar pro trabalho...

Olá companheiros, este meu espaço serve acima de tudo para divulgar e compartilhar experiências de treinos e provas, mas a minha primeira mensagem vai ser sobre outro tema velocipédico. O tema que me apraz falar é sobre as deslocações diárias tipico casa/trabalho (ou escola).
   Como grande defensor que sou do uso da bicicleta, pelas sua inúmeras vantagens, recentemente comecei a ir para o trabalho de Bike. Já o fiz no passado durante cerca de 3 anos, mas entretanto a vida alterou-se e o sedentarismo instalou-se, mas de há 2 semanas para cá resolvi dar um "tempo" ao conforto do carro e ir a pedalar para o trabalho. O porquê desta decisão: O bom tempo aproxima-se, o planeta já tem monóxido de carbono que chegue, o preço do gasóleo bate records históricos, a manutenção do carro também é cara, o trajeto são só 9Km diários sem grande desnível, acordar o corpo/mente e serve também como treino leve de recuperação muscular. Entre as desvantagens, pela minha experiência, posso destacar a suscetibilidade ás condições climatéricas, a falta de condições para estacionar a bike em segurança e o eventual suor provocado pelo esforço. Em relação a este ultimo fator, se no local de trabalho houver duches melhor, caso contrário pedalasse mais devagar para não fazer muito esforço (é o que tenho feito). 
Em relação a poupanças, posso deduzir que a um preço médio do diesel de 1,45€, se o carro gastar 7L/100Km, nos cerca de 10km que faço iria gastar diáriamente cerca de 1€ de diesel, por mês cerca de 20€, o que significa que ao final de um ano de poupança em combustível posso comprar por exemplo, um Garmin edge 500 (gande makina!). Para provar que faço mesmo este esforço aqui fica uma foto onde espero não se notar muito a cara de ensonado!